segunda-feira, 7 de abril de 2008

Patronato contra o totalitarismo

Certos patrões portugueses são o último bastião da luta anti-totalitarismo.
Não o político, que a democracia não se antevê em perigo, pelo menos aparente, mas um totalitarismo mais insidioso, presente nas empresas onde as pessoas se sentem bem remuneradas e motivadas naquilo que fazem.

Não tenhamos dúvidas: trabalhadores motivados são a ruína de muitos lares.
Trabalham mais e com maior entusiasmo e estão dispostos a fazer aquele esforço extra e a ficar aquela hora mais que lhes tira depois o ânimo para estarem disponíveis para os amigos, a esposa, os filhos.

Não tenhamos dúvidas: certos patrões portugueses dão um contributo valiosíssimo para a qualidade de vida das famílias.
Sem eles, a taxa de natalidade em Portugal seria muito pior.

Por incrível que pareça, há no entanto ainda muitas pessoas, inclusive trabalhadores, os principais beneficiados por estas opções patronais, que não reconhecem o seu valor e bradam, em voz cada vez mais baixa, valha-nos isso, contra o que apelidam de mesquinhez e subvalorização.

O que só prova que a ingratidão não tem limites.

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